Christopher
Golden & Tim Lebbon
Sinopse
Mundo Selvagem - Quando decidiu
lançar-se nos montes de Yukon, no norte do Canadá, em busca do ouro que mudaria
a sua sorte, o jovem Jack London não podia imaginar que estava prestes a passar
pelos dias mais terríveis de sua vida. Sua sobrevivência depende de sua
capacidade de dominar tanto os demônios internos quanto aqueles que o rodeiam.
Aterrorizantes, misteriosas, bizarras e mágicas, assim é O mundo selvagem. O
rapaz de dezessete anos que enfrenta bestas sobrenaturais ficaria mais tarde
conhecido mundialmente como um dos melhores escritores norte-americanos. Com
uma personalidade ilustre como protagonista e um cenário real, os aclamados
autores Christopher Golden e Tim Lebbon, em parceria com o ilustrador Greg
Ruth, criaram uma história incrível que mistura ação, terror e mistério. O
resultado não poderia ser melhor.
Considerações
Este é mais um dos livros que peguei
emprestado na biblioteca da cidade sem ter noção de nada sobre ele. Gostei da
capa, do nome e da sinopse, então peguei.
Neste livro, acompanhamos as
aventuras do jovem Jack London – um personagem baseado no real Jack London,
escritor influente que teve uma vida cheia de aventuras, e que aqui se
transforma num herói de uma saga cheia de magia, mistério e aventura. Jack
parte com seu cunhado para o norte do Canadá em busca de ouro, como muitos
outros homens que os acompanham. Logo no início começam as complicações, quando
o barco que os leva até a cidade onde a jornada realmente se inicia para no
mar, obrigando quem quiser chegar à cidade a passar seus pertences
desajeitadamente em barcos até chegarem à cidade.
Ao chegar em Yukon, o cunhado de
Jack, já bem mais velho e sofrendo com uma saúde frágil, desiste da viagem, ao
perceber que em seu estado a viagem seria praticamente suicida. Jack então é
deixado sozinho e, a despeito da pouca idade (acaba de completar 18 anos), tem
coragem o bastante para seguir em frente sem se preocupar. Na verdade, a falta
de medo (e talvez de prudência) acabam incomodando, fazendo o personagem
parecer mais desajuizado do que corajoso.
Seguimos o caminho perigoso com Jack
e o vemos fazer amigos com os quais desce terríveis corredeiras e com quem fica
preso numa cabana precária em terras geladas, onde quase morre. Neste momento
Jack é salvo por um misterioso lobo, que vai acompanhá-lo pelo resto da
aventura.
Quando a primavera finalmente chega e
o rio descongela, Jack e seus dois amigos podem seguir para a cidade base para
os mineradores, onde o imprudente rapaz se envolve numa briga e acaba sendo
sequestrado e escravizado após um de seus amigos ser morto. Obrigado a
trabalhar para os bandidos em busca de ouro, Jack é salvo pelo lobo novamente,
que não apenas o tira das garras dos vilões, como o protege do ataque de uma
criatura legendária e canibal: o Wendigo. Fugindo do monstro, Jack acaba
resgatado por uma misteriosa menina que aos poucos o seduz, mas que, como em
várias outras histórias de sereias e deusas, não quer que ele se vá. Jack então
foge, e junto com o lobo atravessa as matas geladas do Canadá correndo da bruxa
e de seu pai, Leishii, uma divindade russa das florestas.
É então que Jack tem seu derradeiro
encontro com o Wendigo, e a luta que é travada revela que Jack não dominou o
mundo selvagem, como pensou que faria o tempo todo, mas se tornou parte dele,
tão feroz quanto qualquer criatura das florestas.
Junto com Jack London mergulhei de
cabeça em busca de aventuras nas primeiras páginas, mas confesso que, para um
livro tão pequeno, com quase 250 páginas, e ainda por cima ilustrado, eu não
esperava experimentar cansaço, mas algumas vezes isso acontece. Isso porque
algumas frases que os autores usam são tão repetitivas que aparecem em quase
todas as páginas. A expressão “mundo selvagem”, por exemplo, aparece
praticamente em todos os parágrafos, e isso cansa bastante. No entanto a
leitura é agradável, e principalmente depois que Jack encontra Wendigo pela
primeira vez, emocionante.
Um livro rápido para quem quer uma
aventura diferente, que mergulha nas paisagens geladas e trata da magia como
parte da natureza. Só queria saber, porém, como classificar uma história com
cenas de violência tão intensas como “infanto-juvenil”, pois este livro estava
nas prateleiras infantis ao lado de livrinhos cheios de imagens. É por isso que
sempre olho naquela parte da biblioteca, porque a classificação dos livros é
muito subjetiva…