Sociedade da Caveira de Cristal –
Andréa Del Fuego, Editora Scipione
Sinopse
O mundo vive uma epidemia causada por
um vírus desconhecido, o Bola. O vírus já matou muita gente, inclusive o avô de
Vítor, um garoto superesperto de treze anos, magricela, com espinhas na cara,
que vive alienado do mundo na frente de seu computador. Por causa da Samara,
por quem é apaixonado, o jovem descobre um jogo na internet, o Skull, e acaba
entrando pra misteriosa Sociedade da Caveira de Cristal. Para avançar no jogo, Vitor
tem de deixar o computador ligado, a internet conectada e pegar no sono, pois é
em sonho que o jogo continua. Assim, todos os jogadores sonham o mesmo sonho e
vivem a mesma aventura. Mas Vítor, Samara e o esperto Jorjão (que é dono de uma
lan house) percebem que algo está errado nessa história e que, juntos, poderão
salvar o mundo do Bola.
Meu irmão adolescente ganhou este
livro na escola e, como eu não tinha nada mais pra ler e ele tinha gostado,
peguei para ler também. No início achei toda a história um pouco boba, mas, à
medida que os fatos vão se desenrolando, você percebe que ela foi muito bem
engendrada.
O livro trata de um assunto que
sempre retorna à pauta e do qual eu sou fã: teorias de conspiração. Toda a
trama é relatada a partir do ponto de vista do protagonista, um típico
adolescente tímido, com sua paixão e sua vida na internet, mas passando por uma
situação atípica: o enfrentamento da população ao vírus Bola, que está
dizimando a população num ritmo acelerado, envolvendo o mundo num cenário onde
ainda se tenta manter alguma normalidade diante do Apocalipse.
A falta do que fazer numa sociedade
isolada pela quarentena associada à timidez do garoto leva Vítor a conhecer o
Skull, um jogo on-line onde se tem que dormir com o computador ligado para
sonhar e jogar. Alguns jogadores são escolhidos para integrar a Sociedade da
Caveira de Cristal da qual Vítor passa a fazer parte, e a partir de então as
coisas ficam estranhas e Vítor começa a perceber que há uma ligação entre o até
então inocente jogo e o vírus que assola a humanidade. E como o irmão da sua
amada Samara foi afetado de alguma forma misteriosa pelo jogo, passando vários
dias em coma, ele se junta à garota e a Jorjão — o dono da única lan house
dentro da área de quarentena em que estão, um solteirão quarentão um tanto anti
social, que gosta de teorias de conspiração— em uma busca pela verdade. O
destino da humanidade passa a ser decidido por um jogo de videogame no qual os
jogadores sonham coletivamente com as fases e se transformam em personagens
muito peculiares.
A narrativa cheia de vícios de
linguagem do livro certamente prende o público alvo mais do que alguém como eu
(que já passou um pouquinho dessa idade). No entanto, se a escrita utilizada dá
um toque de leveza à história, o caráter opressor da trama envolve o leitor, de
forma que ele passa a se imaginar observado, investigado e seguido, exatamente
como Vítor. Gostei principalmente da ideia da autora de mesclar os jogos
coletivos on-line com sonhos. O resultado das fases do jogo pode ser estranho,
às vezes, mas muito diferente de tudo o que já vi neste sentido. O enredo é até
batido, mas trabalhado e contado de forma tão original que torna a Sociedade da
Caveira de Cristal um livro divertido, intrigante e interessante, que não vai
decepcionar o leitor que busca momentos prazerosos de leitura descompromissada.
Eu estou lendo o livro , estou adorando muito bom mesmo
ResponderExcluirAlguém sabe o gênero desse livro
ResponderExcluirmano do céu nunca vi uma resenha tão magnifica quanto essa meu parabéns.
ResponderExcluirmeus*
ResponderExcluirMinha filha amo esse livro 😍😍😍😍
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