Mencionei que já publiquei as sequências do primeiro livro, não é? Bom, para
escrevê-lo usei meus roteiros, meus prazos, meus resumos, enfim, tudo o que
mencionei antes, e achei que o resultado ficou bem melhor em qualidade da trama
do que o que obtive no primeiro , quando passei um tempo enorme vendo e
revendo tudo insistentemente.
Publiquei o segundo tentando seguir a mesma ideia do
primeiro: publicá-lo na data do meu aniversário, como um presente. Logo, os
downloads grátis me deixaram animada, mas assim que parei a divulgação a coisa
parou totalmente. Mas houve motivos para isso.
Primeiro: minha vida pessoal estava uma bagunça. Nessa época que mudei de emprego duas vezes – saí de um concurso
para outro, e deste outro para um terceiro ainda – e, para ingressar em cada cargo,
tive que providenciar uma série de documentos e exames médicos que me reviraram
pelo avesso e me tiraram todo o tempo livre. Depois disso passei por alguns
problemas de saúde que me tiraram o ânimo , tive uma pequena
obra na minha casa, e outras tantas coisas aconteceram que posso
dizer com certeza: este vem sendo um ano excepcional para mim e minha família,
com certeza.
Todo escritor está sujeito às flutuações da vida
particular, pois isso afeta sua escrita e sua inspiração, e quando se começa a fazer barquinhos com o papel em que você deiva estar escrevendo alguma coisa, é sinal de que não vai adiantar forçar a cabeça, que não vai sair nada de bom. O autor independente é mais suscetível ainda, pois qualquer coisa que altere seu marketing também afeta suas vendas, e
pode derrubar tudo de uma vez.
Mas, como eu sou brasileira e não desisto jamais (pensei em
desistir, sério, mas meus personagens me chamam, e é tão gostoso escrever!),
elaborei meu “Plano Upgrade”.
Decidi, ao invés de parar de escrever, elevar o nível de comprometimento com a história: de
“sonho de infância” para “projeto profissional”, e, desde então, abracei a
carreira de escritora e é assim que me identifico quando alguém pergunta minha atividade profissional (escritora e funcionária pública).
Passei alguns dias elaborando as planilhas para meu projeto, e neste tempo parei de usar
minhas redes, de atualizar blogs, face, etc., numa ausência devidamente programada.
Acontece que, se eu insistisse nos livros como estavam,
possivelmente não conseguiria resultados muito bons: se eu já estava
achando que eu poderia fazer melhor, então eu precisava tentar esse melhor, senão
já começaria errado. Então, em junho, comecei a delinear meus esquemas de
trabalho. Veja alguns deles:
1 – Preparar roteiro do livro 3
até 27/06
Esse foi fácil porque eu já tinha feito uns meses antes, só
tive que revisá-lo.
2 – Escrever 5 páginas por dia,
06 dias por semana, de 31/06 a 27/09 (prazo máximo)
Segui rigorosamente. Nas últimas semanas, estava escrevendo
6 por dia, 5 dias por semana, e assim ficava com os sábados livres. Às vezes
escrevia no fim de semana, o que me fez terminar o manuscrito em 23/09, 04 dias
antes do prazo final.
3 – Revisar (rapidamente!) textos
dos livros 1, 2 e 4 (o 4° é o conto "O Tesouro de Caularom", também ambientado em Bhardo, e já foi lançado)
Depois de terminar o manuscrito eu corri os olhos pelos
outros textos, só pra ter certeza de que não estava me esquecendo de nada
importante, ou que os erros mais horripilantes não estavam mais lá. Isso
porque, mesmo com todo o cuidado, erros sempre passam, e quando os leitores
falam destes erros o independente tem obrigação de corrigir.
4 – Revisar cuidadosamente o
manuscrito do 3° livro até 21/10
Inesperadamente, concluí esta revisão quase três semanas antes, e acho que o resultado realmente superou os dois primeiros livros.
5 – Redesenhar (ou desenhar) as
capas de todos livros
Achei importante porque as novas capas, que nada mais são
que versões mais elaboradas e feitas no computador das capas antigas, ficaram
com mais cara de “fantasia pra todas as idades” do que de “fantasia
infanto-juvenil”, além de que, como agora faço minhas ilustrações no computador, elas ficaram todas padronizadas.
Os próximos passos da minha aventura você confere nos
próximos posts, mas ficam as ilustrações das capas antigas, e como ficaram as novas
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