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24 de nov. de 2014

ZEY - um personagem antigo e não esquecido



Foi num diário cor-de-rosa, que ganhei de presente para supostamente escrever minhas confissões de adolescente, que comecei a escrever o que hoje se tornou a Saga Mundo de Bhardo. Claro, naquela época a história era muitíssimo diferente (como não poderia ser? Eu tinha 11 anos e pouca bagagem. Crescemos, e as histórias crescem conosco, inclusive as inventadas.)
Foi naquele diário que eu primeiro descrevi Zey, na época meu grande vilão. O nome era apenas isso, ZEY, porque eu gostava da sonoridade da letra "Z". Um nome simples, mas impregnado de gravidade. O mais interessante foi que a imagem, curiosamente similar à de demônios, com chifres e tudo mais (nessa época da vida os estereótipos são fortes), tirei da estampa de uma almofada. Quando mostrei o desenho que fiz de Zey e de onde tirei a imagem minha mãe não gostou muito de eu ter encontrado vilões no estofado dela não...
Depois de algum tempo, outros vilões se encaixaram melhor nas minhas histórias. Mas, claro, em homenagem àquela menina de doze anos que achava que poderia sozinha fazer um desenho animado (é, esta era eu!), eu não pude deixar Zey morrer. Ele aparece pouco, mas não é um personagem de pouca importância: Zey faz parte do Panteão bhardano como o Senhor do Nepcoutem (o verdadeiro) - a terra para onde vão as almas dos condenados por maldades.
     Não vou me aprofundar muito na definição do Nepcoutem porque esse não é o tema deste post, mas em outra ocasião gostaria de voltar a ele. O caso é que, assim como alguns outros personagens de tanto tempo atrás, Zey sobreviveu: transformado, reformulado, mais ainda poderoso. Sinal de que ainda está por aqui a criança que iniciou esta saga.

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