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22 de out. de 2014

Abascanto – A sombra dos Caídos, Diogo de Souza (Resenha)





Sinopse

Em uma rua isolada da cidade, três seres se materializam em pleno ar. Grigori: guardiões de outra dimensão que lutam para proteger a humanidade da influência de seus irmãos caídos.
Érico nunca imaginou que eles sequer existiam, ou que seu pai fosse um deles. Após testemunhar uma luta entre estes seres, sua vida se transforma em uma corrida para salvar a si mesmo, sua família, seus amigos.
Sua única vantagem: o Abascanto, ser imune aos poderes sobrenaturais dos caídos e dos grigori. Com ele, terá de impedir os planos que um ser de sete mil anos tem para a humanidade...
E rezar para que a irmã faça a escolha certa.

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Resenha

A história se passa nos dias atuais e, embora não se mencione isso em nenhuma passagem do livro, fica claro que os grigori e os caídos são a versão do autor para anjos e demônios. O livro começa em uma batalha entre três grigori e dois caídos. Os cinco lutam com espadas, cada um no seu estilo. Logo depois, o leitor é levado a conhecer Érico, que a princípio é um garoto normal, mas que consegue enxergar coisas que outras pessoas não veem. Quando ele vê uma pessoa ser misteriosamente assassinada no meio da rua numa luta de espadas que só ele consegue ver, se envolve no mundo dos grigori e dos caídos, e acaba descobrindo que é filho de um deles.

Considerações
O livro é muito bem escrito e as lutas são elaboradas e detalhadas. Algumas vezes as achei um pouco exageradas, pois me perdi um pouco no meio delas, e acredito que o autor seja praticante de artes marciais, tanto pelo conhecimento de golpes, tipos de espadas e posições, quanto por seu gosto por detalhar as batalhas.
O livro é agradável de ler, porém o argumento é um pouco batido (luta do bem contra o mal). A explicação do porquê de os tais seres virem de seu mundo sobrenatural, tantas vezes evocado como um lugar de maravilhosa paz e plenitude, ficou um pouco vaga. No fim, fiquei com a impressão de estar no meio de uma disputa de anjos e demônios pelo controle da Terra apenas por caprichos próprios, algo como se vê em Constantine. Além disso, a história tem um foco muito forte nas lutas de espadas entre os personagens, e tive a sensação que a parte psicológica deles ficou em segundo plano, já que só se vê as emoções mais imediatas o tempo todo: raiva, vingança, ansiedade. A personagem Aline é, talvez, a mais contraditória da trama, defendendo o homem que matou seu pai biológico e tentou matar o pai adotivo, o irmão, a tia e tem planos de dizimar a humanidade. Fortalecendo o foco principal, o modo como o rapaz mata sua algoz Belial é a parte mais impressionante e interessante da história.

Conclusão:
Há muitos pontos positivos, como o fato de o livro ser muito bem escrito. Achei o enredo um pouco fraco, muita coisa poderia ser mais trabalhada. Porém os fãs de artes marciais e de lutas com espadas provavelmente irão se deleitar com as batalhas intrincadas. 

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Abraços!

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