Num post anterior mencionei que, quando comecei a escrever
essa história, tinha 11 anos e foi num diário rosa, o qual eu não sabia onde
estava. Na verdade eu tinha 12, e encontrei o diário! Estava guardado numa das
minhas dezenas de caixas de trecos, e registrei nele, na época, a idade que
tinha quando o escrevi.
Lembro-me de que, na ocasião, era moda dar de presente à
menininhas esse tipo de agenda/diário, com páginas cor-de-rosa, cadeados de
coração, muitas vezes até perfumadas e acompanhadas de canetas coloridas, para
que elas escrevessem suas confissões mais secretas. Lembro-me de ter tentado
escrever alguma coisa sobre minha vida, mas, poxa, eu tinha só 12 anos e uma
vida extremamente normal! Não que eu não tivesse meus segredos de
recém-adolescente, nem tivesse sentimentos guardados, mas estes eu preferia que
ficassem exatamente onde estavam. Então, um texto que merecesse preencher
páginas tão delicadas (embora eu não fosse lá grande fã do cor-de-rosa),
deveria ser um texto impregnado de aventuras, algo que fizesse com que eu
ficasse interessada e que interessasse outras pessoas a ler — e eu não me
imaginava interessada por ler as confissões de adolescente nem minhas nem de
outra pessoa, já que eu procurava nos livros histórias extraordinárias, que não acontecem todo dia numa vida normal.
A capa do diário cor-de-rosa, bem como as três primeiras
páginas, estão nas imagens. Eu não tinha relido a história até hoje, quando
passei os olhos pelas primeiras linhas e já coloquei a mão na testa: “meu Deus!
Na época eu achava que terremotos eram previsíveis como tornados, e que uma
família poderia fugir de carro quando um deles aparecesse! E Ana Aurora e
Jordan? Eu não me lembrava desses dois… Acho que vou ter que ler tudo de novo
pra relembrar de onde vim!”
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