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31 de dez. de 2014

BALANÇO DO ANO






É importante fazer um balanço de vez em quando e ver o que está dando certo, o que não está, e o que precisa ser mais trabalhado. Comparando o ano de 2013 com 2014, percebi o quanto me dediquei mais aos textos e à divulgação neste ano, e começo a ver, agora no finalzinho, alguns sinais de retorno.
Em 2013 lancei o primeiro livro “Mundo de Bhardo – Os Objetos Supremos” na Amazon (e-book), e no Clube de Autores (impresso). Obtive na Amazon 09 vendas e 29 downloads nas promoções gratuitas, além de 34 vendas do livro impresso.
Já em 2014 o trabalho foi bem maior. Foram lançados quatro títulos: “Mundo de Bhardo – A Batalha de Agerta”, em 21/02/14; a versão em inglês do primeiro livro: “ World of Bhardo – The Supreme Objects”, também em 21/02/2014; “Contos de Bhardo – O Tesouro de Caularom”, em 11/11/2014 e “Mundo de Bhardo – O Reino Maldito”, em 12/12/14, além de ter sido feita uma revisão caprichada e nova diagramação do primeiro livro.
Os cinco livros receberam novas capas caprichadas, um site cuidadosamente planejado, o www.bhardo.net, o mapa do Mundo de Bhardo foi digitalizado e redesenhado por computação gráfica, atualizei meu blog pessoal, o pargaia.blogspot.com.br,  e o transformei em um espaço para compartilhar minha experiência como escritora independente, li diversos livros, e todos receberam resenhas postadas com regularidade no blog e na rede Skoob, ampliei meus contatos nas redes sociais, consegui o ISBN para todos os livros, publiquei dois contos completos no Wattpad e estou finalizando 2 microlivros artesanais. Para o deviantart e para ambientar meus textos, transformando-os em arte visual também, preparei 20 ilustrações que hoje utilizo para posts promocionais e para material impresso, como as capas dos livros ou marcadores de páginas.
Somando as vendas e as promoções de download grátis (e estes atraem um bom número de interessados), hoje tem por aí quase 500 leitores de algum dos meus títulos, além dos leitores do Wattpad. Pode parecer pouco, mas só comecei a trabalhar na divulgação com seriedade em outubro, e a cada única nova compra comemoro como se tivesse ganhado na loteria. O que falta agora é saber a opinião desses leitores, pois só assim para ter certeza dos erros e dos acertos.
2015 vem aí, e o trabalho não vai parar. Sorte que este é um hobby prazeroso pra mim, pois as metas estão nas alturas para este ano. Já no início do mês de janeiro terá início uma nova história no Wattpad, uma ficção escrita em inglês ambientada na Terra de 2600. Pretendo lançar pelo menos o segundo título da saga “Mundo de Bhardo” também em inglês; lançar mais dois títulos em português, “A Pedra de Mavhtus” (em fase de revisão) entre abril e maio, e, no final do ano, a conclusão (em português) da minha saga principal – “Mundo de Bhardo – A Fortaleza Dourada”. O trabalho de divulgação será intenso, com promoções, microlivros e, se tudo der certo, o primeiro book trailer ilustrado no youtube entre fevereiro e março. Serão muitas imagens e música para este trabalho, por isso o tempo que vai levar.

É isso aí! Muita aventura e muita leitura pra todos vocês, e um 2015 cheio de emoção! Feliz Ano Novo!
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30 de dez. de 2014

Zaphir - Resenha



Zaphir – A Guerra dos Magos, de Gilmar Milezzi





Sinopse

Imagine uma adolescente com o corpo magro e desengonçado, que é vista pelas pessoas como uma esquisitona, em razão do seu jeito estranho e dúbio. Essa é Gabriela, uma menina valente, que gosta de futebol e jogos de taco, e que não leva desaforo para casa, seja de quem for. As meninas a detestam pelo pouco apreço que ela demonstra com aquilo que consideram normal no universo feminino, como roupas e garotos. Os garotos, por sua vez, não sabem como agir com uma menina que age e se comporta como se fosse um deles. Eles a chamam de “Perereca Musculosa”, mas ela aparentemente não se importa com a alcunha. Antes, parece até mesmo esboçar um breve sorriso de satisfação. Entretanto, o que se vê na aparência nem sempre corresponde à verdade. 

Agora pense num garoto franzino, com cara e jeito de nerd, imerso numa vida tediosa e sem perspectiva. Imagine-o às voltas com as dificuldades próprias da idade, em razão da timidez e do desconforto quase permanente com a sua inadequação social. Esse é Michel, um garoto solitário e invisível, como tantos que existem por aí e ninguém percebe. Sua existência é tão introspectiva e sem graça, que o melhor que pode fazer é sonhar com outra vida. Uma vida em que ele possa lidar com suas dificuldades com um simples estalar de dedos. 

Vamos imaginar agora que as linhas do destino desses adolescentes se cruzam e unem seus sonhos, alegrias e tristezas. Então algo acontece durante um jogo de videogame. Como por um encanto eles se transpõem para outro mundo. Um lugar de magia, onde são pessoas diferentes, com habilidades sobre-humanas e capazes de feitos extraordinários. Você voltaria para a vida anterior, comum e sem graça? Esse é o dilema que se coloca para eles. Desistir não é possível e esquecer-se de si mesmo põe em perigo a própria existência no mundo real. Aos poucos eles percebem que foram pegos numa armadilha, onde a realidade deixa de ser uma certeza e se torna apenas uma questão de ponto de vista.



Considerações

É emocionante ver um colega de sonho de tanto tempo materializar seu objetivo após uma longa jornada. Conheci o Gilmar Milezzi anos atrás através de uma comunidade de escritores do falecido Orkut, e acompanhei o início da saga de Gabriela e Michel, magicamente transportados para um mundo mágico cheio de mistérios através de um jogo de videogame que lhes foi dado por uma criatura muito suspeita. Ao longo dos caminhos da escrita mantive contato com Gilmar, e soube que, como eu, ele aperfeiçoava seu bebê para um dia trazê-lo a público. Enfim este dia chegou e o livro “Zaphir” está à venda. 

A trama gira em torno de Gabriela e Michel, dois jovens adolescentes que têm seus problemas em casa, seus dilemas típicos da idade e seus conflitos interiores. Gabriela é uma garota atípica que impõe respeito até nos garotos valentões da sua escola. Já Michel é um garoto franzino e inteligente que sofre bulling. Os dois são melhores amigos um do outro e, depois de acontecimentos excepcionalmente ruins na escola, decidem testar um jogo de videogame que ganharam do misterioso dono de um sebo em um bairro afastado. O estranho, que se apresentou como Icas, é perneta, negro e baixinho, e usa um capuz vermelho, o que o faz parecido demais com o folclórico Saci para que a semelhança seja ignorada. E, quando o jogo começa, a aventura que se estende à frente dos garotos parece real demais, e eles não sabem se estão vivendo uma realidade virtual ou se estão realmente em uma dimensão paralela.

O livro apresenta várias características clássicas da fantasia, como a presença de elfos e magos, uma busca por joias mágicas e uma profecia. No entanto, o ponto mais forte do livro é a construção dos personagens, principalmente os protagonistas. A entrada deles na adolescência é marcada por conflitos emocionais e mudanças físicas, ambos imensamente acentuados quando são transportados para o mundo fantástico do jogo, onde devem chegar a Walka e descobrir qual é a verdadeira ligação que têm com aquele lugar e com a profecia em curso. Lá, as mudanças intensas que sofrem, que incluem o amadurecimento muito acelerado de Gabriela e o compartilhamento de corpo de Michel com o elfo Bullit, os fazem divergir um do outro, e só a grande amizade (e, talvez, algum sentimento mais entre eles), os mantêm juntos.
Para além da fantasia e dos dilemas adolescentes, o autor levanta muitas questões filosóficas por todas as páginas, o que leva o leitor a pensar sobre nosso plano existencial e sobre a possibilidade de elevação espiritual, mesmo que no livro o tema seja abordado de forma lúdica, utilizando a magia como elemento alegórico para tais questionamentos. 

Como todo livro independente, há algumas críticas a fazer. A primeira é sobre a capa, e aqui o problema não está na imagem, que ficou linda e sei que foi um trabalho do filho do autor, mas a impressão ficou muito escura. Como vi a imagem original na internet, a mesma que está neste post, sei que ela possui muito mais detalhes que a versão impressa deixou aparecer, o que mostra que a gráfica deveria ter tido mais cuidado. O texto em si precisa de uma nova revisão, embora eu saiba, por contato com o autor, que este ponto foi outro deslize da gráfica, que usou um arquivo errado na hora da impressão. Os erros não comprometem a leitura, mas causam um pouco de desgaste, principalmente por inserir letras maiúsculas no meio de frases, ou por não usá-las no começo de outras e por não manter o mesmo tempo verbal em toda a narrativa, passado de pretérito para presente e vice versa. 

O bom trabalho com os personagens, a trama bem amarrada e um final interessante que dá espaço para uma sequência, são suficientes para dizer que Gilmar Milezzi é um autor a ser observado, e que logo devemos ouvir falar mais sobre ele por aí. Até porque ele vem fazendo um extenso trabalho de divulgação, fazendo de sua obra um produto profissional.

24 de dez. de 2014

Boas Festas!


O segundo obstáculo para concluir um livro






Já falei aqui sobre o inimigo primordial de todo escritor: a preguiça. Mas, aliado à timidez, (que ainda é uma característica minha em menor grau e não me prejudica hoje), eu tive outro grande obstáculo, e este ainda me persegue: quando se trata dos meus trabalhos sou perfeccionista.
O perfeccionista não é aquele que faz tudo com perfeição, mas o que acha que nada está bom o bastante. No meu caso meu perfeccionismo é bem seletivo, mas foi um grande obstáculo para vencer e permitir que o Mundo de Bhardo viesse ao mundo (frase estranha, não?). Vou explicar.
No início, passei meses e meses, depois anos e anos, vendo e revendo o mesmo início da história. Naquela época os computadores desktop eram raros, e eu não tinha um em casa. Passava muito tempo rascunhando a história no verso de grandes apostilas com uma letra que parecia psicografada. Nunca chegava ao fim porque, sempre que terminava de escrever algo novo, pensava que o começo não estava bom e decidia revisar tudo de novo e reescrever alguma coisa.
Foram longos anos assim, reescrevendo e reescrevendo dia após dia. Quando me cansava eu deixava tudo de lado e passava meses debruçada sobre uma mesa rascunhando fichas dos personagens, desenhando ilustrações dos textos, ou ainda entretida nas minúcias do mapa do mundo, que levei cerca de cinco anos para terminar (nesse ritmo). Devo lembrar que era uma criança/adolescente nessa época e que a máxima dedicação que eu conseguia ter não chegava a me manter concentrada por muito tempo. Havia também a vida real — as tarefas de escola, as descobertas da adolescência, o início do trabalho, o namoro e, frequentemente, as crises de enxaqueca, estas sim, paralisantes.
Quando comecei a passar o texto para o computador a coisa pareceu fluir um pouco, mas eu continuava achando que tudo o que eu tinha feito era amador, não estava bom e, portanto, ninguém podia ver. Pra vocês terem uma ideia, meus pais só souberam o que é que eu tanto escrevia quando o primeiro livro foi lançado. Eles sabiam que era sobre fantasia e aventura, mas não tinham ouvido o nome de nenhum personagem antes, eu não falava. Pra mim, tudo era muito cru.
Queira ou não eu estava certa. Quando finalmente me despi do meu orgulho empinado de pensar que eu poderia escrever algo que mudaria o eixo de rotação da Terra e aceitei que, como tantos outros, eu também posso errar, o texto começou a fluir. Aí, quando surgiu a autopublicação e eu decidi enfrentar, percebi que iria cair na armadilha de novo: gostando ou não, um autor indie precisa ter muitos cuidados para sua obra não ficar parecendo amadora demais, e poder parear com as editoras tradicionais.
Confesso que hesitei por achar que não pudesse fazer algo de que eu fosse me orgulhar. E sabem do que mais? As editoras grandes também erram, até com Best-Sellers! Algumas até feio demais (achei tantos erros nos livros da série Fallen que fiquei decepcionada com a Galera). Isso só me deu ânimo para acreditar que, se eu fizesse o meu melhor, poderia me orgulhar do meu trabalho.

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20 de dez. de 2014

Senhor do Amanhã - Resenha

SENHOR DO AMANHÃ - VANESSA BOSSO

Sinopse

Cuidado! Enquanto lê essa sinopse, eles estão de olho em você. Seus e-mails, telefonemas e até os seus pensamentos estão sendo cuidadosamente vigiados e arquivados. 

A Nova Ordem Mundial é uma realidade e a agenda global segue no intuito de eliminar 80% da população terrestre. No mundo atual, nada é o que parece ser. 

Não acredita? 

Então leia e desvende o que ninguém quer que você saiba. Descubra quem será o Senhor do Amanhã.



Como qualquer aficionado por teorias de conspiração, eu não poderia deixar de achar este livro o máximo, principalmente por tratar de fatos reais e vinculá-los para fazê-los tomar corpo da conspiração descrita no livro. As personagens são interessantes, e embora eu as tenha achado um pouco caricatas no começo elas vão criando vida própria conforme a leitura passa, e a forma como os acontecimentos se ligaram foi bem interessante. A leitura é dinâmica e fluída, é um livro que te prende até o final, embora você corra o risco de se pegar procurando um inimigo escondido atrás das sombras depois de lê-lo.

Considerações (não leia se não quiser saber detalhes da trama)
Eu me surpreendi com o livro, gostei muito mais do que achava que gostaria no começo, principalmente porque, como falei, já tive minhas obsessões com teorias de conspiração, o que é totalmente compreensível para uma fã de Arquivo X. Talvez por causa justamente desse meu fanatismo eu tenha achado que as personagens principais ficaram um pouquinho parecidas demais com a dupla de detetives especiais do FBI da antiga série de TV, quando Mulder e Scully tiveram um caso de amor platônico não declarado, mas totalmente visível, durante as 9 temporadas, que só se consumou (ao menos às vistas do expectador) no capítulo final. Até o desaparecimento do agente Mulder na 9ª temporada teve seu paralelo na história do “Senhor do Amanhã”.

O que me incomodou mesmo, no entanto — e isso é totalmente gosto pessoal — foi a finalidade da grande conspiração, trazer Lúcifer e, depois dele, sua esposa Semíramis, para reinar sobre a Terra. Não posso explicar de outra forma, se não dizer que foi exatamente por gosto pessoal, se não eu estaria abrindo espaço para um debate maior envolvendo teorias religiosas, a pegada do “escolhido” (que também não sou muito fã), esse tipo de coisa. Portanto, basta dizer que eu, particularmente, não achei a finalidade da trama toda muito interessante.

Conclusão
No geral, no meu ranking particular de estrelas para livros dei nota 4 entre 5, porque não dá pra negar: teorias conspiratórias são muito legais! E a forma como a Vanessa Bosso as explorou foi brilhante. Com exceção das considerações que fiz, o livro todo é bem escrito, bem fluído e cativa o leitor, de forma que ele quer chegar ao fim o mais depressa possível, qualidade que eu sempre procuro. Recomendadíssimo!

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A NECESSIDADE DE FAZER ESTUDOS E PESQUISAS



Outro dia uma pessoa me perguntou se eu costumo fazer alguma pesquisa antes de escrever minhas histórias, e achei a pergunta interessante por vários motivos.
Primeiramente, quando comecei a pensar em “inventar uma história pra mim”, como eu dizia, eu estava encantada com um desenho japonês, era criança e não havia internet, portanto o acesso a informações sobre o mundo no geral era bem limitado. As histórias começaram girando em torno de templos gregos, e deviam se passar numa ilha da Grécia, coisa e tal, mas, em certo momento, percebi que não só eu estava apenas tentando repetir algo que já existia, como não tinha base nenhuma para fazer isso. Da Grécia antiga eu até tinha bastante material em casa, mas como desejava mudar o cenário para não ficar tão igual ao desenho, percebi que não havia nenhum lugar do planeta de que eu pudesse escrever que eu soubesse muita coisa.
Claro, vocês podem perguntar: porque não o Brasil? Na época eu conhecia tão pouco sobre a história brasileira quanto a de qualquer outro lugar. Se fosse hoje, eu provavelmente procuraria fontes a respeito da história pré-colonial — uma história rica, cheia de tribos com rituais e línguas diferentes, deuses e culturas — mas mesmo hoje teria dificuldade em encontrar tanto material.
Daí surgiu Bhardo. Percebi que o único jeito de criar algo original e que não fosse completamente incorreto com a realidade seria criar um mundo só meu, com um início, uma história, uma geografia e tudo o mais que eu controlasse.
A única coisa que começou exatamente como é hoje é o nome: Bhardo. O restante mudou bastante ao longo do tempo. Isso porque, embora seja um mundo fictício, eu gosto de procurar alguma referência em que me basear, um paralelo que não torne Bhardo tão surreal, apenas fantástico. Assim, o deserto Namor n’Chivin é um deserto por ser um território arenoso localizado entre duas cadeias montanhosas que impedem a chegada de nuvens formadas nos oceanos até ele. E Terem tem uma área de floresta perene, mas, em sua maior região, é algo parecido com a taiga, enquanto que Tera, nos limites do mundo habitável, tem um relevo de tundra, o que torna o relevo de Bhardo quase um contrário do relevo da Terra. Já a grande tempestade eterna que assola as águas oceânicas entre o Nepcoutem e a ilha Agerta, esta foi inspirada na Grande Mancha Vermelha, o enorme anticiclone de Júpiter que está ativo há décadas, talvez séculos.
No finado Orkut havia um tópico em uma comunidade de escritores de fantasia que debatia a possibilidade de determinados itens existirem no mundo real, o que é especialmente útil quando se escreve histórias ambientadas em algum passado específico, na Europa da Idade Média, por exemplo. É preciso considerar que certos alimentos ou tecidos não existiam na época, alguns pigmentos só eram usados por reis, e, se o escritor pretende dar veracidade à trama, precisará pesquisar exaustivamente.
Claro, as licenças poéticas existem aos montes, principalmente se tratando de fantasia e, no meu caso, Bhardo está cheio delas — que o digam as três luas multicoloridas do mundo, que me dão um trabalhão a cada novo livro, pois eu sempre tenho que fazer um calendário lunar para saber quais luas estão visíveis no céu, em cada fase, durante cada evento. Pesquisar um pouquinho não custa nada, e só acrescenta à sua obra.

16 de dez. de 2014

PROJETO ESCRITORA INDEPENDENTE: FASE II





Mencionei que já publiquei as sequências do primeiro livro, não é? Bom, para escrevê-lo usei meus roteiros, meus prazos, meus resumos, enfim, tudo o que mencionei antes, e achei que o resultado ficou bem melhor em qualidade da trama do que o que obtive no primeiro , quando passei um tempo enorme vendo e revendo tudo insistentemente.
Publiquei o segundo tentando seguir a mesma ideia do primeiro: publicá-lo na data do meu aniversário, como um presente. Logo, os downloads grátis me deixaram animada, mas assim que parei a divulgação a coisa parou totalmente. Mas houve motivos para isso.
Primeiro: minha vida pessoal estava uma bagunça. Nessa época que mudei de emprego duas vezes – saí de um concurso para outro, e deste outro para um terceiro ainda – e, para ingressar em cada cargo, tive que providenciar uma série de documentos e exames médicos que me reviraram pelo avesso e me tiraram todo o tempo livre. Depois disso passei por alguns problemas de saúde que me tiraram o ânimo , tive uma pequena obra na minha casa, e outras tantas coisas  aconteceram que posso dizer com certeza: este vem sendo um ano excepcional para mim e minha família, com certeza.
Todo escritor está sujeito às flutuações da vida particular, pois isso afeta sua escrita e sua inspiração, e quando se começa a fazer barquinhos com o papel em que você deiva estar escrevendo alguma coisa, é sinal de que não vai adiantar forçar a cabeça, que não vai sair nada de bom. O autor independente é mais suscetível ainda, pois qualquer coisa que altere seu marketing também afeta suas vendas, e pode derrubar tudo de uma vez.
Mas, como eu sou brasileira e não desisto jamais (pensei em desistir, sério, mas meus personagens me chamam, e é tão gostoso escrever!), elaborei meu “Plano Upgrade”.
Decidi, ao invés de parar de escrever, elevar o nível de comprometimento com a história: de “sonho de infância” para “projeto profissional”, e, desde então, abracei a carreira de escritora e é assim que me identifico quando alguém pergunta minha atividade profissional (escritora e funcionária pública). 
Passei alguns dias elaborando as planilhas para meu projeto, e neste tempo parei de usar minhas redes, de atualizar blogs, face, etc., numa ausência devidamente programada.
Acontece que, se eu insistisse nos livros como estavam, possivelmente não conseguiria resultados muito bons: se eu já estava achando que eu poderia fazer melhor, então eu precisava tentar esse melhor, senão já começaria errado. Então, em junho, comecei a delinear meus esquemas de trabalho. Veja alguns deles:

1 – Preparar roteiro do livro 3 até 27/06
Esse foi fácil porque eu já tinha feito uns meses antes, só tive que revisá-lo.

2 – Escrever 5 páginas por dia, 06 dias por semana, de 31/06 a 27/09 (prazo máximo)
Segui rigorosamente. Nas últimas semanas, estava escrevendo 6 por dia, 5 dias por semana, e assim ficava com os sábados livres. Às vezes escrevia no fim de semana, o que me fez terminar o manuscrito em 23/09, 04 dias antes do prazo final.

3 – Revisar (rapidamente!) textos dos livros 1, 2 e 4 (o 4° é o conto "O Tesouro de Caularom", também ambientado em Bhardo, e já foi lançado)
Depois de terminar o manuscrito eu corri os olhos pelos outros textos, só pra ter certeza de que não estava me esquecendo de nada importante, ou que os erros mais horripilantes não estavam mais lá. Isso porque, mesmo com todo o cuidado, erros sempre passam, e quando os leitores falam destes erros o independente tem obrigação de corrigir.

4 – Revisar cuidadosamente o manuscrito do 3° livro até 21/10
Inesperadamente, concluí esta revisão quase três semanas antes, e acho que o resultado realmente superou os dois primeiros livros.

5 – Redesenhar (ou desenhar) as capas de todos livros
Achei importante porque as novas capas, que nada mais são que versões mais elaboradas e feitas no computador das capas antigas, ficaram com mais cara de “fantasia pra todas as idades” do que de “fantasia infanto-juvenil”, além de que, como agora faço minhas ilustrações no computador, elas ficaram todas padronizadas. 

Os próximos passos da minha aventura você confere nos próximos posts, mas ficam as ilustrações das capas antigas, e como ficaram as novas

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