Não, ser independente não é a primeira escolha de um autor,
mas, sinceramente, depois de descobrir a autopublicação, não mandei mais nenhum
original para uma editora tradicional. Sem renome, sem dez mil seguidores num
blog, o máximo que posso conseguir é um retumbante NÃO ou, o que é mais humano que um silêncio eterno, que costuma ser a resposta.
Por vezes me senti injustiçada por não ter sido reconhecida
logo de cara como o mais novo talento da literatura nacional (mundial, universal, criança acha que o mundo é só um pouquinho maior que seu quintal), ou frustrada por não receber nem mesmo uma resposta, essas coisas
todas, uma perfeita adolescente revoltada e incompreendida. Mas percebi que o caso não é comigo: tenho a suspeita de que nenhum de
meus originais não foi lido jamais. As poucas propostas que recebi eram para
publicação paga, o que, a meu ver, é o mesmo que continuar sem editora ou até
pior: na autopublicação, pelo menos, o autor tem total controle sobre todo o
seu livro. Se for pra pagar, prefiro investir no que eu acho que fica melhor.
Falo isso porque recebi uma proposta de uma editora para
lançar meu livro sem custo. Porém eu teria que pagar um revisor profissional
que eu tinha que procurar e contratar por
conta própria, tinha que mandar o miolo diagramado de acordo com as orientações
deles, mas a capa, essa eles iriam bolar e eu não poderia dar palpite. O lançamento seria um evento que eu teria que organizar, eles só dariam algumas dicas. Fiquei
frustrada, não achei certo nada daquilo, e abracei a autopublicação.
Pra quem pensa em enveredar por esse caminho eu digo: é
recompensador, mas não é tão simples como um passe de mágica. Isso porque você
tem obrigação de fazer TUDO – texto, revisão ortográfica e crítica, diagramação,
capa e divulgação. E esta última é a parte mais difícil, e onde eu ainda estou
apanhando MUITO!
Para o texto não tem jeito: seja escritor de editora ou
independente, as teclas não se apertam sozinhas, e você TEM que digitar.
Revisão e análise: claro, existem os amigos e o revisor do Word, mas os primeiros não são
confiáveis porque são amigos do peito, vão sempre apoiar você (a não ser que
seja um super-sincero como eu, que fala que não gostou mesmo quando não gostou
de alguma coisa), e com os revisores automáticos você tem que tomar cuidado,
eles nem sempre corrigem os erros e muitas vezes estragam os acertos. Claro,
você sempre pode pagar à parte um serviço profissional.
Diagramação acaba sendo simples se você tiver algum
conhecimento dos programas de texto, e as plataformas de autopublicação
costumam disponibilizar arquivos com manuais bem completos. Resta a capa, e,
apesar de haver sempre a opção de usar um arquivo pré-preparado, onde você só
precisa inserir o título, é altamente recomendável que você envie uma capa
personalizada. Sim, existem os “amigos que manjam de photoshop” que podem fazer
isso para você, mas se a pessoa não tiver o mínimo conhecimento de design,
sinceramente é melhor ficar com uma capa pré-preparada mesmo. Isso porque
existem erros com as capas feitas por não profissionais que são tão chamativos
que quem entende um pouquinho já bate o olho e diz com todas as letras: isso
aqui foi feito por amador. E não vale dizer que “não se julga um livro pela
capa”. Pode ser verdade, mas a primeira coisa que quem vai comprar olha é
justamente a capa.
Se você conhece alguém que tem conhecimento em design ou se
você mesmo tem essa habilidade, pode elaborar a capa sem custo. Se, no entanto,
você não tem essa opção, vale a pena investir um pouquinho numa capa bem
bonita, que vai agregar valor ao seu livro igual uma embalagem bem feita agrega
valor ao produto.
Por fim, só falta a divulgação. Mas isso é matéria pra outro
post. Afinal, essa é a parte em que estou apenas engatinhando pra aprender a
fazer.
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