No início, quando a história ainda estava no diário
cor-de-rosa, não havia um outro mundo, pelo menos não um tão bem estruturado. A
história original se passava na Terra, e os personagens mágicos vinham de uma
outra “dimensão”, um lugar algo indefinido, algo misterioso, algo sem forma.
Aos poucos fui imaginando o que acontecia com estes personagens mágicos em seu
próprio território, e assim começou a nascer Bhardo.
O nome veio de uma breve frase que ouvi no meio de um
diálogo dentro de um seriado que eu não acompanhava, em um canal do qual jamais
consegui me lembrar. Foi rápido: era um oriental que dizia que bardo (sem o
“h”) é o nome pelo qual os budistas denominam um estado metafísico de
consciência, uma espécie de purgatório por onde a mente transita quando está
entre suas encarnações. Ao menos, foi assim que entendi.
Hoje sei as definições de bardo segundo o Budismo Tibetano,
que você pode conhecer acessando:
http://www.cteafaro.com/cteafaro/budismo_detalhe.asp?id=28 , e também sei que
os “bardos” eram, na Europa antiga, “pessoas encarregadas de transmitir as
histórias, as lendas e poemas de forma oral, cantando a história de seus povos
em poemas recitados. Eram simultaneamente músicos e poetas e, mais tarde, seriam
designados de trovadores. São a principal raiz da música tradicional irlandesa.”
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Bardo, Acesso em 02/04/2013, 14:18h. Esta última definição também me agrada, uma
vez que nos remete aos tempos da baixa Idade Média e do Renascimento,
incorporando ao imaginário todo aquele visual.
Gosto de alusões, homenagens, trocadilhos e explicações
fantasiosas para lendas ou crenças . Usei uma “licença poética” para incorporar
a palavra bardo às minhas fantasias, até porque a palavra se tornou tão
presente e tão forte na minha mente que não conseguia imaginar meu mundo com
outro nome. Adequei-a ao bhardanathé — língua geral do Meio do Mundo —
acrescentando o “h”, pois como as letras “ i; z; a e l”, o “h” é uma das
letras-base do idioma bhardano.
Em bhardanathé, Bhardo significa “sombra”, e o mundo é minha
versão de para onde vão os barcos perdidos nas Bermudas, os turistas
desaparecidos na Serra do Roncador, ou para onde retornaram os deuses do Olimpo
depois que suas vidas pararam de ser narradas.
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